O Brasil deverá dar um salto de 44% na capacidade instalada de energia solar em 2019, o que levará o PaÃs à marca de 3,3 gigawatts (GW) dessa fonte em operação, projetou em entrevista à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.
Os projetos de geração distribuÃda (GD) deverão acrescentar 628,5 megawatts (MW) em capacidade solar no PaÃs, um crescimento de 125%, enquanto grandes usinas fotovoltaicas devem somar 383 MW até o final do ano, um avanço de 21%. ?à uma marca importante para a geração distribuÃda. Aquela visão do passado, de que a GD é cara, não se sustenta mais. Ela se tornou uma opção acessÃvel e existem diversas linhas de financiamento. A GD está ganhando participação no mercado brasileiro?, disse o presidente da Absolar. Essas informações foram resumidas do portal da Absolar.
Financiamentos ? A disponibilidade de linhas de financiamento a juros favorecidos ?tem facilitado muitos negócios também por aqui?, confirma Renato Maestrello, diretor da Cergon Energia Solar, empresa de Porto Ferreira que opera em parceria integrativa com a WEG Equipamentos Elétricos, empresa brasileira com expressiva atuação também no mercado internacional.
Segundo Maestrello, na semana passada sua empresa fechou negócio com dois sistemas de energia solar ? um residencial e outro empresarial - pelo Consórcio Banco do Brasil. ?O consórcio é de veÃculos, mas o BB converte a carta para aquisição de sistemas de energia solar fotovoltaica, sem juros, sem IOF, cobrando apenas uma pequena taxa administrativa?, conta Maestrello.
O Banco do Brasil tem também a linha do Proger Urbano Empresarial, que financia até 80% do sistema de energia solar, com juros de 0,92% a.m., carência de até 12 meses e prazo de até 72 meses. No âmbito do Agronegócio, o BB tem ainda duas linhas de financiamento atrativas: o Pronaf Eco, voltado para agricultura familiar, com juros de 2,5% ao ano, cinco anos de carência e até 10 anos para pagar, e o Inovagro, destinado para médios e grandes produtores rurais, com três anos de carência, juros de 6% ao ano e até 10 anos de prazo.
Bancos particulares, como Santander, Itaú e Bradesco também financiam a aquisição de energia solar a seus correntistas, assim como a Caixa Econômica Federal, na linha do Construcard. As duas cooperativas de crédito que operam em Porto Ferreira ?não têm financiamentos especÃficos, mas têm financiado sistemas de energia solar com juros atrativos, após análise de crédito?, disse o diretor da Cergon, entusiasmado com as perspectivas para o setor em 2019.